terça-feira, 17 de março de 2009

Comportamento higrotérmico

Os valores médios mensais de temperatura e de humidade relativa registados nos últimos quatro meses estão mais próximos dos valores recomendados pela International Federation of Library Associations (IFLA).

Como se pode verificar na tabela, o valor médio da temperatura registado no último quadrimestre encontra-se já dentro dos parâmetros recomendáveis (oscilação entre os 16ºC e os 20ºC). Comparativamente com o valor médio verificado no quadrimestre anterior (Julho-Outubro), observou-se uma queda acentuada de 3,4ºC. Um maior aproveitamento da ventilação e da circulação do ar, assim como a habitual descida da temperatura exterior dos meses de Outono e de Inverno, explicam esta descida da temperatura.

O valor médio da humidade relativa do ar registado no quadrimestre em análise situa-se nos 57%. Como se pode constatar pelo gráfico, os valores médios mensais obtidos enquadram-se perfeitamente dentro dos valores recomendados pela IFLA, que se cifram nos 55% (com a tolerância de ± 5%).

quinta-feira, 12 de março de 2009

As Ciências Físico-Químicas n’O Instituto

A revista “O Instituto” foi considerada desde o início como um dos meios para atingir o objectivo mais vasto do Instituto de Coimbra (IC), que era o alargamento da “a cultura das ciências, belas letras e artes”. A II Classe do IC era dedicada à ciência e dela emanaram muitos artigos que pretendiam a comunicação “em linguagem fácil, despida do aparato das escolas, as noções fundamentais de todas as ciências, aos que não podem, profundamente, cultivá-las”, segundo as palavras do seu fundador e primeiro presidente, Adrião Forjaz de Sampaio (1810-1874), expressas na introdução ao primeiro volume de “O Instituto”. A importância dada à cultura científica compreende-se pela prevalência de professores das Faculdades de Matemática e Filosofia (ou da Faculdade das Ciências, que sucedeu às referidas duas em 1911) que ocuparam o cargo de Presidente do IC. Dos 17 presidentes do IC (ao longo do período de publicação da revista), cerca de metade (oito) são provenientes destas faculdades e quatro da Faculdade de Medicina.
Em complementaridade dos índices já existentes da revista “O Instituto”, que englobam a totalidade dos artigos publicados, decidimos elaborar um novo conjunto que incide apenas nas ciências Físico-Químicas, com o intuito de disponibilizar aos investigadores destas áreas uma fonte de informação que é reveladora da evolução destas ciências no panorama nacional ao longo da segunda metade do século XIX e a grande parte do século XX (até 1981).

Os índices foram organizados por temas (ideográfico), cronologicamente e por respectivos autores (onomástico). No prefácio do trabalho incluímos uma análise estatística que avalia, genericamente, o relevo assumido pela Química e pela Física em comparação com as restantes ciências tratadas na II classe do IC e com a totalidade de artigos, ao longo do período de publicação da revista (1852-1981).


Este trabalho associa-se assim a esforços anteriores no sentido de tornar a consulta da revista "O Instituto" mais acessível a todos os interessados.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Memórias de Castilho

No passado dia 8 de Fevereiro completaram-se 90 anos sobre a morte do escritor Júlio de Castilho, um dos eminentes sócios do Instituto de Coimbra (admitido em Assembleia-Geral de 1 de Junho de 1873). Nascido em 1840, filho do poeta romântico António Feliciano de Castilho, foi 2º Visconde de Castilho e pertenceu também a outras sociedades, como a Academia das Ciências e a Associação dos Arquitectos e Arqueólogos Portugueses. Da sua vasta e diversificada obra, destacam-se os estudos relativos à cidade de Lisboa, em especial a série Lisboa antiga, e ao arquipélago dos Açores, a obra poética e os textos dedicados a importantes figuras da cultura portuguesa, como os dramaturgos Gil Vicente e António Ferreira. Entre estes, salientamos a compilação que elaborou sobre a vida e obra de seu pai, as Memórias de Castilho, que foram publicadas na revista O Instituto, entre os anos de 1890 e 1914, nos volumes 38 a 50 e 56 a 61. Por disposição testamentária, Júlio de Castilho doou os manuscritos das Memórias ao Instituto de Coimbra, que fazem agora parte do espólio legado à Biblioteca Geral da UC. Na mesma revista editou ainda outros artigos, entre os quais um quadro biográfico-literário do político D. António da Costa (vol. 41), apontamentos biográficos sobre o pintor Francisco Vieira Lusitano (vol. 37), e uma versão da tragicomédia Amadis de Gaula, de Gil Vicente (vol. 57).